Erros de Oratória com Ambiguidade e Cacofonia
Um dos erros cometidos em oratória é dizer frases com duplo sentido, como nos casos de ambiguidade e cacofonia.
A ambiguidade deve ser evitada, pois dá um duplo sentido a frases construídas erradamente. Dentre os chamados vícios de linguagem, ela se destaca por provocar uma possível má interpretação daquilo que se pretende comunicar.
Existem diversos exemplos e destacaremos dois deles:
– “Algumas autoridades fazem na vida pública exatamente a mesma coisa que fazem na privada.”
Segundo o Dicionário de Oratória de Carlos Pimentel, seria preferível repetir a palavra vida do que cair na dupla interpretação provocada pela palavra ‘privada’.
– “Favor amarrar os burros e cavalos do lado de fora da Câmara, para não incomodar os que estão dentro.”
A frase, escrita em uma placa, em frente à Câmara Municipal de um pequeno município, traz dúvidas também. O problema aqui é que a citação dos “que estão dentro” pode dar a entender a referência tanto aos vereadores quanto aos burros e cavalos.
Cacofonia
Já a cacofonia é a construção de frases com duas palavras que, juntas dão outro sentido à frase. É necessário cautela, para não cair no ridículo com frases, como por exemplo:
– Ele beijou a boca dela.
A junção das duas últimas palavras insinua a palavra ‘cadela’.
– Nosso hino é belíssimo.
O início da frase parece conter a palavra ‘suíno’.
– Governo confisca gado em várias regiões.
A união do verbo e da palavra a seguir dão origem a uma sonoridade infeliz: ‘com fis cagado’.
É claro que em mensagens ou discursos realizados de improviso será difícil prever tais erros, mas em textos escritos para posterior leitura, pode-se realizar uma revisão para evitar construções mal feitas como estas.
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Álvaro Sad